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sábado, 27 de outubro de 2012


IDB 2009 Brasil:indicadores e dados básicos para a saúde.



O folheto do IDB 2009 destaca o tema da mortalidade causada pelo trânsito de veículos de transporte terrestre no Brasil. Esta é a faceta mais trágica de um grave problema de saúde pública que está a  exigir  ações  intersetoriais  e  intergovernamentais  articuladas,  visando  aperfeiçoar  políticas  públicas regulatórias dos meios e das vias de transporte, de educação no trânsito e de atenção às vítimas de acidentes.
O Brasil está entre os dez países do mundo com maior número de mortes causadas pelo trânsito. Em 2008 foram registradas aproximadamente 38 mil mortes por esta causa, representando para a população um risco de 19 óbitos para cada 100 mil habitantes.

O mapa da capa mostra a mortalidade por acidentes de trânsito nos municípios brasileiros, representada pelas médias das taxas calculadas para o período de 2006 a 2008. Observa-se ampla distribuição dos valores mais elevados (taxas acima de 30 mortes por 100 mil habitantes), sobretudo na Região Centro-Oeste e em estados das regiões Sul e Sudeste.

Na contracapa, estão ilustrados alguns aspectos de interesse para a análise do tema. Os gráficos mostram que a taxa de mortalidade tem se mantido estável desde 2001, após declínio observado entre 1996 a 2000, período no qual se situa a implantação do Código Nacional de Trânsito, em 1998.

De modo geral, a mortalidade por esta causa é mais frequente em indivíduos do sexo masculino. Em relação aos grupos etários atingidos, existe uma diferenciação quanto ao tipo de acidente. Os idosos são as principais vítimas de atropelamento; e na faixa etária de 15 a 39 anos predominam os óbitos de motociclistas.

Os gráficos apresentam também as tendências da mortalidade por acidentes de trânsito segundo o porte dos municípios. Constata-se que, a partir de 2001, as curvas correspondentes aos municípios com menos de 100 mil habitantes continuaram em ascensão, tendo se estabilizado no caso dos municípios mais populosos. Um dos fatores que explicam essa situação é a precária municipalização do trânsito, especialmente em pequenos municípios, no que concerne à fscalização, educação, sinalização e investimento em infraestrutura viária, entre outros.

Outro fato também indicado pelos gráficos é que ao longo dos anos houve declínio na mortalidade de pedestres em todas as regiões do país; entretanto, comportamento inverso foi observado entre motociclistas, para os quais a mortalidade apresenta tendência marcadamente ascendente em todas as regiões brasileiras, em especial, na Centro-Oeste. Esse aumento do risco de morte de motociclistas pode ser atribuído ao contexto social de busca de rapidez em ações e serviços, com facilidade para aquisição de motocicletas e ausência de uma política efetiva de transporte público.

Os dados apresentados no folheto representam uma síntese da base completa da RIPSA disponível na página do DATASUS (www.datasus.gov.br/idb) e na BVS–RIPSA (www.ripsa.org.br), nas quais podem ser obtidos dados de séries históricas e informações técnicas detalhadas sobre todos os indicadores, além de indicações sobre a revisão e atualização de dados anteriormente publicados.

Os arquivos podem ser visualizados em:
http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=1775&Itemid=347

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